
O ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica faleceu nesta terça-feira, 13, aos 89 anos. O político aposentado que foi símbolo da esquerda na América Latina estava sob cuidados paliativos durante a fase terminal de um câncer de esôfago, além de já diagnosticado com uma doença autoimune. Ele desistiu de fazer tratamento em janeiro, quando o tumor fez metástase e se espalhou apesar de 32 sessões de radioterapia.
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Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil expressou “profundo pesar”, definindo Mujica como um “grande amigo do Brasil”.
“O ex-Presidente Mujica foi um entusiasta do MERCOSUL, da UNASUL e da CELAC, um dos principais artífices da integração da América do Sul e da América Latina e, sobretudo, um dos mais importantes humanistas de nossa época. Seu compromisso com a construção de uma ordem internacional mais justa, democrática e solidária constitui exemplo para todos e todas”, afirmou a pasta.
O governo brasileiro afirma ainda que o legado do ex-presidente uruguaio guiará todos que acreditam “na integração de nossa região como caminho incontornável para o desenvolvimento e na nossa capacidade de construir um mundo melhor para as futuras gerações”.
O texto destaca a entrega a Mujica, no ano passado, da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, mais alta condecoração oferecida pelo Brasil a cidadãos estrangeiros. Na ocasião, o presidente Lula definiu o ex-presidente uruguaio como “a pessoa mais extraordinária” entre os presidentes com quem conviveu.
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