A Marfrig deve realizar uma oferta pelas ações restantes que ainda não possui da BRF, maior produtora brasileira de frango, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg. Atualmente, a companhia do empresário Marcos Molina possui 50,49% das ações da empresa.
A transação deve ser anunciada formalmente ainda nesta quinta-feira (15), acrescentaram as fontes. Se for concluído, o acordo finalmente unirá as duas empresas em uma única operação que rivalizará com alguns dos maiores fornecedores de alimentos do mundo.
A estrutura ficaria semelhante à da JBS, da família Batista, que mantém todas as suas operações de carnes, entre elas a Seara, sob o mesmo grupo.
A mudança ocorre quatro anos depois que o magnata brasileiro da carne, Marcos Molina, iniciou uma investida para assumir o controle da BRF, que incluiu compras agressivas de ações a preços baixos.
A aposta valeu a pena, já que a unidade se beneficiou de uma bonança no mercado de frango, que impulsionou seus lucros e aumentou a perspectiva de pagamentos de dividendos expressivos. A BRF irá pagar R$ 3,5 bilhões em dividendos e a Marfrig irá distribuir R$ 2,5 bilhões, disse uma das pessoas.
O acesso mais fácil à robusta geração de caixa da BRF provavelmente ajudaria a Marfrig a superar a grave escassez de gado que tem aniquilado os lucros de sua operação de carne bovina nos EUA.
A Marfrig foi avaliada em 8,3 vezes seu valor empresarial em relação aos lucros projetados antes de itens como juros e impostos, o que é quase o dobro da avaliação das ações da BRF, dando à empresa de Marcos Molina uma vantagem.
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