O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta sexta-feira, 16, um ex-diretor do FBI, o serviço doméstico de inteligência e segurança americano, de pedir seu assassinato, com base em uma suposta mensagem subliminar publicada nas redes sociais.
A publicação de James Comey, que comandou o FBI de 2013 a 2017, mostrava conchas dispostas na areia formando os números 8647, com a legenda “formação de conchas bacana na minha caminhada pela praia”. A foto, no entanto, foi usada por apoiadores de Trump para alegar que seria, na verdade, uma convocação ao assassinato do presidente americano.

O número 86 é usado, incluindo em círculos militares e na indústria hoteleira e da hospitalidade, como uma gíria para se livrar de algo ou ser expulso de um estabelecimento, como um bar ou um restaurante. Já o 47 pode ser entendido como uma indicação a Trump, que é o 47º presidente dos EUA.
Durante o governo de Joe Biden, por exemplo, republicanos que pediam o impeachment do democrata usaram camisetas e slogans com “8646”, indicando um apelo à saída do 46º presidente.
Depois das acusações, Comey, que foi demitido por Trump durante sua primeira passagem pela Casa Branca enquanto investigava o republicano, removeu a publicação e disse que “nunca me ocorreu” que os números representassem uma ameaça. Um porta-voz do Serviço Secreto, responsável pela segurança do presidente, confirmou que a agência está “ciente do incidente” e que “investigaria vigorosamente” qualquer ameaça potencial, sem dar mais detalhes.
“Ele sabia exatamente o que isso significava. Uma criança sabe o que isso significa. Você é o diretor do FBI e não sabe o que isso significa? Isso significa assassinato. E isso diz alto e claro”, disse Trump em entrevista à Fox News de Abu Dhabi, onde está encerrando uma viagem de quatro dias ao Oriente Médio.
A publicação de Comey acontece às vésperas do lançamento de “FDR Drive”, terceiro volume de uma série policial escrita pelo ex-diretor do FBI que gira em torno de uma advogada fictícia de Nova York. A trama é centrada em um procurador dos EUA que tenta levar à Justiça uma “personalidade da mídia de extrema-direita com um podcast popular que difama aqueles que ele acredita estarem destruindo os Estados Unidos: intelectuais, imigrantes e pessoas de cor”, segundo resenha da Publisher’s Weekly.
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