
Após semanas sob monitoramento no Cras, felino foi transferido para o Instituto Ampara Animal, em SP
A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, em uma fazenda no Pantanal, agora vive sob cuidados permanentes no Instituto Ampara Animal, em São Paulo. Por uma postagem nas redes sociais, neste sábado (17), é anunciado que o felino foi batizado de Irapuã, o nome que em tupi-guarani significa agilidade e força.
A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no Pantanal, agora está sob cuidados permanentes no Instituto Ampara Animal, em São Paulo. Batizada de Irapuã, a onça foi capturada em abril e passou por reabilitação, mas sua habituação à presença humana levou à decisão de não ser solta novamente. O animal, que apresentava problemas de saúde possivelmente relacionados à prática ilegal de atração de animais silvestres, agora inicia uma nova fase de adaptação sob vigilância. Câmeras de monitoramento estão sendo instaladas na região do ataque para prevenir novos incidentes e combater crimes ambientais.
Ele havia sido capturado em 24 de abril e passou por um período de reabilitação no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande. A decisão de retirá-lo da natureza foi tomada pelos órgãos ambientais após constatação do risco de novos incidentes.
Segundo os especialistas, a onça apresentava grau elevado de habituação à presença humana e não reagia mais com o instinto de fuga típico da espécie. “Trata-se de um indivíduo que já não reage com o instinto de fuga típico da espécie; isso torna sua soltura um processo mais complexo e arriscado, tanto para ele quanto para as pessoas”, explicou o médico-veterinário Jorge Salomão Jr., responsável técnico pelo mantenedor de fauna do Instituto Ampara Animal.
Durante o transporte para São Paulo, Irapuã manteve os sinais vitais estáveis e chegou em boas condições. Agora, recebe cuidados especiais nesta fase delicada de adaptação, iniciando uma nova etapa de vida sob vigilância permanente.
A expectativa é que o felino contribua com programas de conservação da onça-pintada a longo prazo. Segundo o Ampara Animal, o processo será conduzido com transparência, rigor técnico e sensibilidade.
O caso ganhou repercussão nacional após o ataque fatal no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Após o ocorrido, o animal foi monitorado por equipes do Cras, que identificaram desidratação, perda de peso e alterações hepáticas e renais, possivelmente agravadas pela prática ilegal da ceva — oferta de alimentos para atrair animais silvestres — que pode ter afetado o comportamento da onça.
Câmeras de monitoramento estão sendo instaladas na região de Touro Morto, onde aconteceu o ataque, como parte das ações para evitar novos incidentes e reforçar o combate a crimes ambientais no Pantanal.
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